segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Vida e Obra de Um Sóbrio Fantasma


A sobriedade de Dioníso é mesmo um evento interessante, pelo simples fato de o mesmo representar toda a luxúria, devassidão e embriaguês. Ser que surgira na obscuridade das florestas gregas, inebriando todos os humanos que a ele recorriam para homenagear a liberdade (em demasia), dando-lhe seu mais alto grau de satisfação e valoração. Ser que, durante muito tempo (aproximadamente 36 anos, ou seja, durante toda a vida), fora o motivo maior das conquistas de Alexandre, o Grande, conduzindo-o até os confins da Ásia, e fazendo do helenismo a arte maior do legado grego - mesmo Alexandre sendo um Macedônio, é considerado exemplo maior da Grande Grécia. Pois bem, em homenagem a tão grande Homem, e a tão livre Deus, nada como anunciar - e mostrar - ao mundo, as vicissitudes de tão embriagante homenagem... e como sinônimo de sobriedade, apenas um contraponto ao que, necessariamente Dioníso representa, deixo aqui um ótimo vídeo de Friedrich Nietzsche, o homem moderno, referenciado por Dioníso. E que poderia ser um exemplo grato dessa configuração simbólica, que seu signo projeta.

Quantos séculos precisa um espírito para ser compreendido?
Os maiores acontecimentos e os maiores pensamentos - mas, os maiores acontecimentos são os maiores pensamentos - são os que mais tarde se compreendem: as gerações que lhes são contemporâneas não vivem esses acontecimentos, passam por eles. Acontece aqui algo de análogo ao que se observa no domínio dos astros. A luz das estrelas mais distantes chega mais tarde aos homens; e antes da sua chegada, os homens negam que ali existam estrelas - aí está também uma medida, um meio de criar uma hierarquia e uma etiqueta necessária: para o espírito e para a estrela.




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