domingo, 4 de maio de 2008

Crônicas de Vida em Crônica!



A incidência e força do sol sobre a terra fria, com seu clima ameno, causa uma sensação térmica das mais interessantes: é como se o frio do sol, quando de seu distanciamento maior do Hemisfério Sul, batesse à porta, esquentando a terra de cá, e oferecendo fogo de lá (aliás, da parte de cima, lá no Hemisfério Norte), mostrando, com sua diversidade personalista e intimista, o quanto somos dependentes seu, principalmente quando somos nós que oferecemos - recebemos - este teor intimista..., pessoas que sentem o que a terra oferece.


As crônicas do cotidiano, nesse sentido, vêm para oferecer à nós, e a quem nos lê, uma outra realidade... re-lida e re-contada. Uma realidade ensolarada, fria, chuvosa e diuturna... horas do agora, contadas pelas bocas de antanho (um antanho em formação ida). Contemporâneo da existência num constructo de vários passados. O quê fazer então para poder sentir, de uma forma úmida e plena, o telurismo destas realidades; tão nossas e, ao mesmo tempo ligadas àquilo que nos vêm e àquilo que nos fora ido?


Não sei... imagino que podemos ver melhor isso, ver melhor o que está nos vendo e o que estamos vivendo quando este nosso olhar se volta retrospecto e numa situação de afastamento. Se vive sim, alguns dizem que apenas uma vez, outros, uma infinitude de mundos e vidas; mas são vidas que se fazem em tempos idos e vindos. Vai saber... sabe-se apenas que a nossa vida pode ser uma, ou várias, depende de quem é essa nossa vida. Eu sei que cada um tem a sua, mas sei também que todos estão envolvidos com a vida de todos, mesmo no isolamento, e isoladamente.


Deixe o sol se mostrar, trazer para nós chuvas de vida... muitas vidas passadas e presentes: as nossas e a dos outros que se fazem vossas!

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