quarta-feira, 7 de maio de 2008

Crônicas de uma Metrópole Contemporânea!



Tem certas fotos que dizem muito mais que o real interesse de quem, tal obra produziu, ou mesmo, de quem, de uma forma infensa, a viu e não a compreendeu: sua grandeza, sua gama de signficados; as vidas que de tal obra de arte vimos sugar suas forças num flashe. São fotos, são fotos musicais... são videoclipes! A foto que pode ser vista acima mostra muito bem como seria as condições de vida de um super-herói numa metrópole, nos dias de hoje, aliás, nos tristes dias de hoje; e por super-herói estou me referindo às condições de vida que o mesmo se vê obrigado a passar, vecendo tamanho desafio, e ainda, continuando a viver. E quando vemos, e sentimos, dias frios como os de hoje pela manhã (o termômetro marcava 8 graus, na parte mais baixa da cidade, próximo a um lago branco de neblina), e quando nos damos conta de que estes super-heróis existem, mais ainda os vemos como grandes homens, grandes vidas... todavia, vidas em miséria.

Preocupados que somos (não eu, pois não tenho carro, prefiro uma bicicleta) quando vemos o preço do barril de petróleo estourar os 122 dólares, sabendo que tal ouro negro foi o principal motivo de uma guerra sem vitoriosos, como foi esta última ocorrida no Iraque, e que já passa dos 6 anos, sem solução, o que é ainda pior. Aí que deveríamos olhar para estes super-homens, estejam eles de que lado optaram, e dar-lhes o real valor que uma vida merece. Se não isso, ao menos reconhecê-los enquanto gente...; um mínimo de dignidade apenas nos engrandece... e a estas pessoas.

Ignorar certos fatos e pessoas é ainda mais triste que deixá-los à míngua; fazer de conta que eles não existem é ainda mais triste que deixá-los passando frio, com um tambor velho, como casa e morada, a esquentar. Um viaduto como arrimo e teto para fugir da chuva (de uma forma não tão completa assim), e tentar se manter longe dos humores gelados dos dias frios que se aproximam...

Músicas e fotos deveriam ser melhor observadas, deveriam também serem melhor trabalhadas, discutidas e debatidas. Instrumentos como estes são os únicos que temos. E por termos tais instrumentos e deles não nos utilizarmos, estamos fazendo mais vítimas que a guerra, o frio e a fome. Talvez, nossa grande baioneta seja a indeferença e o desprezo... viver é deixar os outros também viverem... não deve haver comiseração, mas atitudes que justifiquem o que realmente fazemos... seja nas letras, seja nas ações!

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