quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Seção: Reflexões


Partidos Políticos e Democracia - Sobre a Argentina


Lendo o jornal Folha de São Paulo, numa crônica de Clóvis Rossi, sobre a Argentina desconhecida, e suas eleições próximas, me deparei com uma afirmação que, a cata de justificação de textos anteriores, tem-se discutido assaz, sobre o tema democracia e partidos políticos, pensando-se em nível de Brasil, e que, além de ser bastante incisiva, tal afirmação, veio para dar-nos ainda mais elementos; os quais nos faz entender o Brasil, a democracia, a História e a América Latina - quiçá o mundo, arriscaria dizer - neste tema tão delicado, e banalizado, que é a política, e a politicagem. Clóvis Rossi, num dado momento, asseverará o seguinte: Ajuda na degradação [referindo-se à pouca atenção e grande desinteresse (72,8% dos argentinos dizem se interessar pouco ou nada por política) dos argentinos com relação às suas próximas eleições, em se pensando que sempre foram um povo muito ferrenho, nas discussões políticas, além de muito questionador] o fato de o sistema partidário ter implodido completamente, na esteira, aliás, do que aconteceu ou está acontecendo em toda a região. É triste verificar que o que nem a ditadura mais selvagem conseguiu (erradicar os partidos históricos) ocorreu na democracia. Com certa surpresa me deparo com uma informação que, há pouco - coisa de dois a três dias - fora lançada neste blogue, inclusive com uma certa discussão (recado ao amigo Walmir: somos dois amigos que escrevemos este blogue, o que levanta ainda mais o grau de discussão e discernimento dos nossos mais variados temas, e que mostra, bem mais, a pluralidade dos saberes e temas) que, aliás, muito rica e gostosa. Por isso minha gratidão pelo trabalho bem feito, e bem avaliado. Pois bem, retomando a reflexão, até mesmo um jornal como o citado acima, vem para corroborar com a discussão, apesar de, no último parágrafo, o mesmo autor justificar a democracia e dizer que a mesma ainda tem a evoluir - outra discussão que nos remonta a mais uma discussão, e que já citamos no blogue: Evolução. Vou ainda mais longe: a grande questão da democracia ainda é uma seara inóspita - ao menos do ponto de vista do conhecimento e reflexão -, automaticamente, a questão dos partidos e da História também assim o são, aliás, o são com um diferencial: como o Bicho-Preguiça, seus movimentos são lentos, todavia, a forma como o momento direciona este movimento, acaba se tornando outro problema; sem entrar no mérito, também, da consciência... outro trem (como bom mineiro que somos) ainda mais complicado!

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