quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Brasil Raso e Brasil Profundo: Flamengo e São Paulo - o jogo


Se antes houve uma reflexão acerca de um Brasil que se encontra distante do Brasil, e longe do mundo, um Brasil em que o Brasil esqueceu; o quê dizer então de um Brasil em franca evidência, onde os número falam ainda mais que a própria situação? Imagine 59 mil pessoas querendo ver um Brasil em clara alienação e evidente distinção? Um Brasil onde o Brasil coloca holofotes? Será que podemos culpar um povo, uma nação, uma raça, só pelo fato de querer fazer de sua medíocre vida algo mais? E o quê dizer deste mesmo movimento num rincão em que o esquecimento nada mais é que o final do dia de um dia extremamente massacrante? O quê dizer de uma cidade que faz a cara do Brasil, e de um povo que tem medo de mostrar sua cara, nesta cidade? Pois é, 59 mil pessoas se esqueceram, ao menos por 90 minutos, desta cara que querem esquecer, e que ainda insistem em viver. Apoiar um time que dá alegrias é apoiar uma vida que não tem quase nada de alegria. Viver em evidência, longe de viver no esquecimento, pode ter o mesmo efeito... seja nos rincões da Amazônia, seja nos rincões da Guanabara. É o Brasil que, ao mesmo tempo em que quer se mostrar, também quer se esconder, respectivamente!!

2 comentários:

Anônimo disse...

É vero, o comodismo tomou conta, sendo mais interessante, colocar a cadeira na frente de casa, jogar conversa fora com os vizinhos e deixar a "vida me levar"...
E vida leva eu...rsrsrsrsrs...
Pra que pensar em dívidas, correção monetária, meu time está jogando!!!!!rsrsrsrsrsrs...
Valeu! Um abraço!!!
Passa no meu blog, hein...rsrsrsr...

Walmir disse...

Embora tudo, considero que futebol tem chama cultural profunda, raíz fincada nos rituais onde se dá a catarse necessária que todo vivente demanda de vez em quando.
E aprende uns rascunhos de conformação e glória nas derrotas e vitórias.
Paz e bem