domingo, 1 de fevereiro de 2009

Devaneios de Mim Mesmo


L.A.M.
Parte II


Maldito seja, aquele que blasfema contra a ordem, subvertendo valores, recriando idéias. Insistimos na desordem, subvertemos a razão. Se somos deuses, não sei, Nietzsche achava que sim, mas isto já faz parte das quatro vidas que encontrarão, e dessa forma você, leitor ou leitora, também encontrará respostas, nem que sejam contrárias.


Maldito aquele que ousa viver em liberdade, proclamando a vida..., uma vez que a vida se repete nos reflexos da sensação do absurdo, isto é, é como se desenhássemos a maluquice de nossas vidas em nossos lençóis com todas as letras e formas, para, logo em seguida, lê-la em voz alta, ou mesmo rasgá-la... para além disso, nosso espelho pode refletir a visão invertida, reforçando nossa situação humana. Assim, mostramos aos homens que também somos homens, nossa vida é nosso espelho..., as vezes lido em voz alta, outra aos sussurros. Sim, caros leitores, nossas quatro personagens ousaram viver dessa forma, por isso, é possível que se simpatize com alguma personagem... não sei, apenas você poderá dizer. Afirmo apenas o seguinte: nossa vida é uma grande aventura, alguns preferem não arriscar, já outros, jogam tudo... somos todos jogadores.

É nesse ínterim que apresento-lhes a vida de quatro pessoas, a noção de quatro vidas... valores se confundem, histórias se entrecruzam. Assim é nossa vida, tal como a deles... temos a ânsia de viver. Dessa forma, também é a vida de nossas personagens, eles também têm a ânsia de viver. É claro que posso manipulá-los, conduzi-los... mas não o farei. Cada leitor encaminha tua história, cada leitor conduz teu predileto... tanto é verdade que os capítulos podem muito bem ser lidos em blocos separados, as vezes sem muita coerência de início, meio e fim. Porém, não se preocupem, essa configuração foi proposital, assim o fiz para ceder-lhes a mesma autonomia que me invadiu ao desenhar estas letras. Tento lhes apresentar a liberdade de decidir a vida de cada uma das personagens, ou mesmo, tua própria vida... amigo leitor!

A grande busca... a longa caminhada! Vos apresento a liberdade com o propósito de lhes permitir desenhos e decisões, novos e belos caminhos. Que saias como um rabisco, todavia permita a liberdade de mostrar tais rabiscos. Se a vida é um esboço, a liberdade é a mão que desenha este esboço... até mesmo o esboço respira a absurdez embriagante da liberdade... do espírito libertário e criador.


Crie vosso roteiro, apresente vidas e descubra tua liberdade... a liberdade de conduzir vidas.


2002

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