sábado, 10 de novembro de 2007

Novidades dos Altiplanos Andinos


Notícias dos Altiplanos Andinos, local onde boas-novas (não tão-novas, porém um pouco diferentes) vêm revestidas de notícias velhas. Direitistas e esquerdistas, como ainda são auto-intitulados pelo mercado, tentam se igualar em tons (e sons amistosos) populistas.

Locais onde vários estopins se acendem sucedâneos e que, por isso mesmo, tentam trazer novidade em táticas de outrora - até mesmo esse discurso de direita e esquerda, além de estar bastante outrora, carrega um sentimento moral de pior espécie; como índoles que, por serem distintas, não podem conviver: não com o mercado. São problemas antigos e que se vestem - um de farda, outro de paletó - de novidade: diferenças ideológicas que se traduzem em sons correlatos: direitistas e esquerdistas (se assim querem, assim será) que se igualam em populismo: venezuelanos e colombianos que se igualam em guerrilha: tem as do campo (aliás, das matas amazônicas) e as da cidade; bolivarianos e não-bolivarianos.

Relações boas que se fazem em ideologias - totalmente - contrapostas. É Uribe e Chavez que trazem notícias, fresquinhas, dos Altiplanos; notícias que poderiam também vir do Sul (ao menos assim poderíamos pensar no mercado, deus ex-machina), mas o Sul oferece apenas a diferença: mulheres e homens que triunfam em monarquia conjugal.

Encontros promovidos em prol da guerrilha e que escancaram uma incrível semelhança entre dois opostos.

Até mesmo a direita é acusada de "chavismo"!, como isso é possível? Parece que, ao criar situações e nomes, o próprio mercado se confunde com sua retórica. Falseiam tanto que não conseguem nem mesmo voltar ao conceito outrora forjado! Verborragia intestinal das mais fétidas!

Nada como complementar uma prosa com outra prosa. Esta da Folha de São Paulo do dia 04/11 (boas-vindas ao mundo de Chavez... "grande modelo" para o Sul e os Altiplanos): A popularidade os leva a destruir ou mudar as instituições [grande medo do deus mercado] que condicionam o seu poder. Os dois são inimigos da divisão e rotação de poderes, que pretendem concentrar em si.

Ambos concentram o que a(s) América(s) tem de melhor, e o que tem de pior. Ambos são a diferença que nos falta neste mar de igualdade.

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