sábado, 6 de novembro de 2010

Viva a Trolha!


A divergência tem uma informação que nosso conhecimento não consegue perceber, e por isso mesmo, ela vale muito mais que a mera informação comunesca. Ela vale, por si só, como referência para o que virá depois..., seja que coisa for!

Por isso mesmo pequenas ações divergentes são necessárias, ou ainda, questões de costumes valem muito menos que imaginávamos, aliás, valem nada quando o que está em jogo é a elucidação do universo... do universo consciencial. A não ser que queiras abandonar sua liberdade espiritual, e se dedicar à escravidão mundana...

Agir, em questões do costume, mesmo que uma única vez, contra seu melhor entendimento; quanto a isso, abandonar-se à praxe e reservar-se a liberdade espiritual; fazer como todos e assim manifestar a todos uma gentileza e benefício, como que em reparação pelo que há de divergente em nossas opiniões: (...) (Aurora: § 149) e que essa divergência não fique disposta apenas a nós. Que esta divergência fique disposta a todas informações que queiramos mostrar ao mundo.

Pois, mais que qualquer coisa, nossa mentalidade deve ser sofrivelmente livre, uma vez que o sofrimento consegue fazer-nos humanos, e como possam soar as belas palavras, com que se canta para a consciência intelectual dormir: e assim este leva seu filho ao batismo cristão e ao lado disso é ateu, e aquele presta serviço militar como todo mundo, por mais que maldiga o ódio entre os povos, e um terceiro corre com uma mulherzinha para a igreja, porque ela tem uma parentela devota, e faz votos diante de um padre, sem se envergonhar, (§ 149) ao mesmo tempo em que professa uma fé, aliás, um dogma, que não diz respeito à sua vida, à sua liberdade espiritual.

E essa humanidade é a única garantia que temos para podermos dizer à nossa consciência o quanto nossa liberdade não se deixa recrudescer. Uma liberdade que não se deixa perder sua essência!

Quer-se muito agradar ao mundo, nem que para isso, desagrademos a nós mesmos...; e a trolha, quem aguenta ela? Esse é o problema, quando queremos agradar alguém... ninguém agrada a nós mesmos!

A sanção da própria razão... tão-somente ela, pode justificar esta situação. Se, nalgum momento, essa sanção deixa de ser algo incômodo, somos nós que a incomodamos... eu diria que este seria o caminho!

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