quinta-feira, 19 de junho de 2008

Crônicas de Embriaguez


Sempre que bebemos um bocado em demasia (parecem contraditórias estas duas palavras, no entanto, apenas bebemos, ao menos alguns, para contrariar a razão e mostrar o quanto ela é falha e falsa), aparece-nos algumas visões. Algumas jamais pensadas antes, até visionárias, outras apenas um repisar de dores antigas, outras ainda, quaisquer coisas sem pé nem cabeça, mas com corpo (... corpo de texto). O que segue adiante é um bocado disso, agora resta saber em qual categoria podemos encaixá-la.

Disseram certa vez que o conhecimento precisava ser pensado e, logo em seguida, conhecido. Até dá para concordar com isso, mas aí a contradição deixa de ser matéria.

Quando colocamos estes dois gumes numa bandeja; ou prato, vai saber qual é a idéia representada (aliás, duas... dois), sobre uma balança, o pensamento acaba pesando mais, o que não significa que o conhecimento ficara para trás. Pensamento e conhecimento, por diversos motivos, podem muito bem ser encontrados em bandas opostas, aliás, em margens opostas de um mesmo rio.

A partir do momento em que os números dizem mais do que valem - e isso não diz respeito apenas a alguma partida de futebol, mas também à partida de uma vida, rumando para outro caminho -, automaticamente, estes números valem menos do que dizem.

Se agir é estar consciente de que estas facetas virão a acontecer, sinceramente, prefiro que a ação fique num segundo plano, e que os números digam ainda menos do que eles são, e do que eles se mostraram, consolidando os dados de nossos milênios (talvez cinco, três ou dois, depende do historiador ou arqueólogo que inquire suas fontes)... milênios de escritas torpes e pensamentos vagos!

Prefiro pensar que meu pensamento se encontra além da razão, e que meu conhecimento seja tão torpe e vago como o foi a história da escrita em vários de seus momentos.

Agir, nem sempre, é o reflexo de um pensamento puro... pode ser também o reflexo de uma vaguidão de conhecimento... um vazio que só o notamos quando sobre ele nos colocamos a pensar.

E o quê fazer das ações?

Que fiquem 0 a 0!

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