sábado, 29 de outubro de 2011

Pensamentos Soltos VIII



Por Kant

Eu diria que Kant pega e empirismo e o racionalismo e os coloca lado a lado, no entanto, sem se bastarem por si só. Entra neste ponto a crítica da razão pura, visto que, ao pensar o objeto como algo que depende das sensações advindas da sensibilidade espaço/tempo, ele está traçando um novo elemento. E esta crítica se direciona a ambos elementos, por um lado a experiência que pode nos enganar, e por outro o racionalismo que precisa ser pensado a partir de uma premissa, evitando a confusão entre fenômeno e coisa em si. Um elemento mais crítico àquilo que outrora se praticava em filosofia. Pensar a razão por si só não bastaria, visto que nossas sensações poderiam deturpar esta produção do saber, aliás, não as nossas sensações, mas aquelas advindas da relação espaço tempo. E aqui eu poderia usar as seguintes palavras para justificar esta tese: "Para Kant, o exercício puro da razão, isto é, sem a experiência, não possibilita o conhecimento, por isso, a crítica. Não haveria conhecimento nesse caso, pois, segundo Kant, a experiência traz o material que as formas a priori do entendimento irão organizar." E este material advindo do mundo e introduzido na mente, por meio da razão, precisa ser aprofundado, por isso a crítica, evitando que as informações que nos cheguem sejam apenas fenômeno, já que a coisa em si é difícil de ser assimilada, isto é, difícil de ser mensurada. E ainda mais informações a respeito: "Por outro lado, também critica o Empirismo que coloca toda a cognição a partir dos sentidos. Kant concorda que o conhecimento inicia-se pela experiência, porém, para ele, esses dados recebidos são organizados por formas existentes a priori em nossa razão, a saber, as formas da sensibilidade do espaço e do tempo." O grande problema que os sentidos demonstram, novamente, têm a ver com o fenômeno que nos chega como conhecimento a ser recebido, aliás, como conhecimento a ser captado. Resta à razão pura buscar no a priori o elemento que traduza este fenômeno e o transforme em saber palatável. Enfim, empirismo e racionalismo não são descartados, mas aprofundados e melhorados, pois a razão pura terá condição de fazer com que estes elementos, a partir da crítica, se transformem em saber... se transformem em conhecimento de mundo.

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