domingo, 28 de julho de 2013

Estratégias Educacionais


O projeto pedagógico é uma estrutura de aprendizagem que visa, primeiro; estimular os alunos para que possam se envolver mais com a escola e a com a produção do conhecimento em si, segundo; flexibilizar a organização do currículo, trazendo para sala de aula elementos próprios de suas comunidades e não mais de um órgão central, como é uma Secretaria de Educação, por exemplo, e terceiro; incentivar os alunos a serem pesquisadores e produtores de conhecimento, automaticamente, incentivando-os a se tornarem empreendedores de sua própria vida e as de seus familiares, além do mais; pode-se ter nos projetos a inter-textualização das disciplinas trabalhadas, levando, realmente a uma maior participação de vários tipos de saberes e habilidades num mesmo tema, e não mais numa disciplina isolada, como sempre vimos nas escolas, desde sempre (isso é o que podemos chamar de interdisciplinaridade).
Como foco de importância para o trabalho com projetos podemos citar a contextualização da aprendizagem, ou seja, os alunos sabem realmente a utilidade do conhecimento e o porquê de estarem ali. Hoje o grande problema da escola pública é justamente apresentar aos alunos o significado real e concreto do que ele está aprendendo em sala de aula. Por lidar com temas, às vezes assuntos muito recorrentes na vida dos alunos, eles terão uma maior proximidade do que está sendo ensinado, criando um significado para aquilo e, mais do que isso, por estarem produzindo junto ao professor, aqueles saberes terão um maior valor, pois eles também contribuíram para sua produção.
Com base nesta afirmativa vejamos o que Rocha diz: “Quando o projeto definido por professores e alunos parte de uma problemática que lhes é familiar, a apreensão do sentido, do significado do enunciado se dá mais facilmente.” (2011, p. 32) Ademais, quebra-se com isso o paradigma de relação de “poder” entre professor e aluno. É como se ambos estivessem num mesmo patamar produtivo. Até a relação com a escola e os professores (por parte dos alunos) fica mais harmônica e menos belicosa.
Pensando nisso podemos afirmar que, ao trabalhar com projetos, o ensinante e o ensinado estão criando – coletivamente – um clima de maior autonomia para ambos. Isso é garantia de que a escola terá uma finalidade muito concreta para o ensinado, e que este aprendizado não acabará depois dos aproximadamente 13 anos que este ensinante passará em ambiente escolar; diria mais, a aprendizagem será algo que continuará na vida.
Ainda, conforme Rocha: “A aquisição de maior autonomia intelectual, proporcionada pelo saber, está diretamente vinculada ao desenvolvimento de competências (…).” (2011, p. 34), e cabe ao trabalho com projetos este desenvolvimento de competências, com base numa maior autonomia do ponto de vista de produção e disseminação de conhecimentos (saberes).


Referência Bibliográfica

ROCHA, Sandra Boari Silva. Estratégias Educacionais. São João del-Rei, MG: UFSJ/MEC/SEED/UAB, 2011.

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