segunda-feira, 28 de abril de 2008

Manifesto do PCP



Estão todos mortos, a overdose se encarregou de rogar ao tesão a conta do analista, e criar a orfandade de uma instituição política (ainda assim de extrema menção pessoal) que se faz por meio da dor e da libertação.

Não tem parlamentar que possa ver seu mandato extinto – pois nem mandato se conjugou a fazer. O mundo mudou sem que notássemos (ainda hoje <<21 de abril de 2008>> me falaram que o tal do neoliberalismo caiu por terra; será que isso, a um prazo mais curto é possível?), restou-nos o muro em frangalhos e um varal de camisetas de time de futebol – acho que vou começar uma coleção.

A vida que se fazia na ideologia virou ideologia que não se vive, nem nos faz vida. Vivemos sim, mas à busca de uma ideologia que nos encaixe, sem que nos coloque fora de eixo e fora de ser... e sempre só – a solidão é uma canoa, e estamos navegando sem saber em qual das três margens desembarcar –; vivemos procurando alguém. Nem por isso a vida deixa de seguir (será que é nós que a seguimos?)... apesar de caminhar com muletas; muletas que foram, solidariamente, doadas pelo Tempo... o Tempo da Morte... a morte dos sentimentos e das ideologias sentimentais..., meu coração está partido e sua fissura me coloca no meio do caminho sobre uma linha entre dois lados; e abaixo de mim encontra-se o profundo abismo da perda.

O papel que representamos apenas se encarrega de dar um plano (meio non sense) ao nosso partido, aliás, à nossa partida; um partido já partido de amor e sentimento... sentimento que buscamos para não perdermos o resíduo de algo já perdido, mas ainda com pequenos lumes de luz.

O partido que criamos só tem um estatuto, aliás, tão-somente um artigo: preencher um coração ainda incompleto, partido por excesso de tesão e falta de comunhão.

Os corações partidos agora podem se unir, e mostrar ao mundo que seu partido; mesmo não sendo institucionalizado, é o maior do mundo (e está há mais tempo no poder que o Partido Colorado do Paraguai; será que isso se acaba hoje?).

Apesar de aqui estarmos, nossa fronteira não existe, e o mundo é uma comunidade só... comunidade de corações partidos...

Bem-vindo ao Partido dos Corações Partidos!!

P.s.: Não se esqueça Clio, quero publicado o Manifesto do PCP!

2 comentários:

Anônimo disse...

Claro, assim que me lembrar do contexto original em que ele foi criado. acho que devemos convocar um outro fundador do pcp, aliás, creio ter sido ele o fundador... o que acha? A propósito, suas últimas postagens revelam um Dionísio sentimental? ou é impressão minha? Abraço!

Anônimo disse...

Tens razão meu amigo, ando vendo minha terceira década afetando-me. Penso que, depois da fase adulta (dizem que somos jovens dos 18 aos 29) tenho me visto com mais clareza e, principalmente, tenho sentido mudanças, de fato!
Fundadores é, incluído sou!