Imagino que as consequências da liberdade podem não ser como
gostaríamos de ser, principalmente no fato de podermos controlá-la, visto que o
ser humano tem uma forte tendência em determinar caminhos que ele considera os
mais corretos, isso não significa, no entanto, que esta intencionalidade não
seja importante para nós e para aqueles que, por estas searas se aventure. Tal qual
o adolescente que se considera como ser dentro da liberdade absoluta e que, por
isso, gostaria de fazer tudo que quisesse, mas, mais do que isso, mostrar para
ele que isso realmente acontece, o problema está no fato de não fazer tudo o
que quer, mas o que lhe é permitido dentro de sua maldição, ou de seu destino, que é a liberdade. Mostrar que tais
situações realmente acontecem, embora tragam consequências a todo e quaisquer
seres que delas queiram fazer sua jornada. O fato de isso acontecer traz a
todos a inédita situação de poder repensar-se a si mesmo, algo que, há tempos
nos faz falta na sociedade atual. O ser, nesse sentido, tem que ser pensado
como um indivíduo que tem responsabilidades, e que não é único no mundo, muito
menos, único em suas escolhas. Aliás, suas escolhas o colocam como ser no mundo
e que do mundo depende para tornar-se livre sem ser um criminoso. Este ser é
alguém que deve estar em constante transformação, em constante movimento, e que
tem nas escolhas, suas escolhas no caso, uma auto-afirmação e uma afirmação de
um mundo que é seu, do outro e das consequências de sua liberdade plena; sua
condenação libertadora. O quê queremos é que todos tenham melhores noções e
condições de serem realmente livres, visto que, para ser livre tem que saber
como é ser livre e, de que forma nossas escolhas podem nos trazer para
situações complicadas. Porém, um complicado que tenha nossa identidade, ou
seja, nossas escolhas conscientes.
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