Santa Escolástica
Foi a Escolástica que reafirmou a
importância da filosofia, ainda que fortemente ligada à teologia. É dela também
a sistematização dos saberes filosóficos num momento em que a filosofia grega
andava dispersa por grande parte do Ocidente e do Oriente, sem que isso se
tornasse uma consolidação de saberes. Além do mais a Escolástica deixava bem
claro que tentaria se utilizar da filosofia para se justificar Deus, ou seja,
provar sua existência com um pensamento mais sistematizado e mais regular.
Razão e fé, nesse sentido, não são caminhos opostos, mas caminhos que nos levam
a Deus, como no fragmento a seguir: "(...) pensadores como G. de Ockham e R. Bacon vão além, propondo que o mundo
de Deus e o mundo dos homens são diferentes e que possuem, assim, métodos
distintos de cognição. Estabelecem, desse modo, uma reabilitação dos sentidos e
da razão humana como ferramentas de conhecimento do real." E é esta busca
por Deus que lançará as primeiras sementes da pesquisa e da produção do
conhecimento: conceitos racionais e sensíveis, pensados tal como são, também
surgem deste questionamentos. E como são questionamentos que, de uma certa
forma, reafirmam a existência de Deus a partir do pensamento dos gregos clássicos,
serão amplamente utilizados pela Igreja Católica durante o Medievo. São também
estes conhecimentos que serviram de base para a criação das primeiras
Universidades, o que, vindo da Igreja é uma grande inovação, ou mesmo um tiro
no pé, visto que se incentivará as pessoas a pensarem por si só, mesmo que uma
muleta seja de elemento primordial desta caminhada.
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