Nós
vivemos no sistema econômico capitalista, onde predomina a
produção alienada, em que o conhecimento poderia ser
moeda de troca, desde que utilizado, situação oposta à
produção alienada e contraproducente para o
capitalismo.
Sendo assim,
o consumo tende a ser também alienado, um pente que usamos sem
saber o porquê de o mesmo estar passando em nossa cabeça.
Por isso, para as empresas venderem mais e mais, criam e estimulam
artificialmente as necessidades, principalmente pelas propagandas de
rádio e televisão, o que é o contrapelo do
pente, visto que, sua utilidade deixa de ser algo essencial –
principalmente para quem tem cabelo grande – e passa a ser o
supérfluo da troca.
Ao adquirir
certos produtos supérfluos, um indivíduo pode se sentir
mais seguro, mais importante, na moda, ser aceito pelo seu grupo
etc., satisfazendo, na realidade, apenas o desejo de acumulação
do capitalista, e não mais o seu desejo, daí o
contrapelo advindo do uso do pente desnecessário.
Muitos
produtos “caem” de moda tão rapidamente quanto aparecem, e
isso é bem marcante nas roupas, eletrodomésticos,
músicas, adereços e outros, que é quase
impossível acompanhar a moda se não houver uma
quantidade razoável de capital disponível. Os produtos
similares e de qualidade inferior atendem àqueles que possuem
pouco capital, mas que, como todos os outros, querem também
compartilhar da moda.
Então,
para estar na moda, muitas pessoas até se alimentam mal,
descuidam da educação, da saúde e da higiene em
função de possuir um produto do momento. Como este
produto é ruim, logo ele se deteriora e perde completamente
sua função, mas outro produto, de outra moda, já
estará sendo colocado no mercado. A maioria das pessoas não
consegue refletir sobre esta “roda viva” do consumo, por isso são
consumidores alienados.
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