Recentemente
(no ano de 2007) participei de um projeto ambiental interessante na
cidade de Mineiros do Tietê – região do Médio Tietê – na
escola Antônio Ferraz, da qual eu era professor efetivo. Como eu
participava de uma ONG, convidei a todos os participantes que puderam
se locomover até Mineiros do Tietê, visto que São Manuel era a
sede da ONG e ficava próximo 40 Km, para poderem efetivar o projeto.
Na
cidade de Mineiros do Tietê havia uma cooperativa de catadores de
material reciclável, em um galpão improvisado e no final da cidade.
Em Mineiros não havia coleta seletiva e sempre me deparava com
material reciclável (na própria escola inclusive) junto ao lixo
orgânico; como faço separação em casa sentia que aquilo ali era
um desperdício.
Pois
bem, convidei os amigos da ONG e montamos o projeto. O apresentamos
na escola, passamos por todas as classes (os alunos foram até o
local previamente ocupado para receber informações sobre o processo
de separação de lixo), com o intuito de convencer realmente a todos
– uma clientela de Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Após
convencimento passamos à segunda etapa: agendamento junto à
prefeitura de uma reunião com o prefeito – ou algum assessor
próximo – para podermos discutir a possibilidade de implementar o
processo seletivo em toda a cidade (que tinha aproximadamente 12 mil
habitantes, à época.
Felizmente
conseguimos implantar, a começar pela escola, visto que em dia
desses fizemos uma espécie de mutirão pelos arredores do centro,
região onde fica a escola. E a partir da semana seguinte a próxima
prefeitura disponibilizou um caminhão para a cooperativa de
catadores.
Uma
forma de convencer a direção escolar a encampar este projeto seria
apresentando este histórico, acima descrito, trazendo elementos como
durabilidade de certos materiais inorgânicos (objetivo máximo da
coleta seletiva), promover uma conscientização junto à comunidade
escolar, neste caso pelo fato de ser uma escola numa cidade mais
populosa.
A
Educação Ambiental deveria ser uma preocupação desde que o homem
pisa ao mundo pela primeira vez como espécie dominante. Apresentar
este histórico de devastação e destruição pode ser mais que um
argumento, aliás, seria uma necessidade de qualquer sociedade que
realmente conhece seu papel.
E
é na escola que qualquer prática deve ser iniciada, visto que:
“pressupõe que a escola, como espaço social (…) propicie uma
ação educativa, a adoção de uma visão crítica das questões que
as comunidades vivenciam e que afetam a sua qualidade de vida.”
(MANCINI & BULHÕES, 2011, p. 25)
Se
a EA é algo premente, pois faz parte de nosso conviver em sociedade,
é de suma responsabilidade as escolas pegarem para is esta função,
senão não estariam fazendo seu papel como deveriam.
Referência
Bibliográfica
MANCINI,
Silvana Gomes & BULHÕES, Ignácio César de. Educação
Ambiental na Escola.
São João del-Rei, MG: UFSJ/MEC/SEED/UAB, 2011.
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