O
projeto pedagógico é uma estrutura de aprendizagem que visa,
primeiro; estimular os alunos para que possam se envolver mais com a
escola e a com a produção do conhecimento em si, segundo;
flexibilizar a organização do currículo, trazendo para sala de
aula elementos próprios de suas comunidades e não mais de um órgão
central, como é uma Secretaria de Educação, por exemplo, e
terceiro; incentivar os alunos a serem pesquisadores e produtores de
conhecimento, automaticamente, incentivando-os a se tornarem
empreendedores de sua própria vida e as de seus familiares, além do
mais; pode-se ter nos projetos a inter-textualização das
disciplinas trabalhadas, levando, realmente a uma maior participação
de vários tipos de saberes e habilidades num mesmo tema, e não mais
numa disciplina isolada, como sempre vimos nas escolas, desde sempre
(isso é o que podemos chamar de interdisciplinaridade).
Como
foco de importância para o trabalho com projetos podemos citar a
contextualização da aprendizagem, ou seja, os alunos sabem
realmente a utilidade do conhecimento e o porquê de estarem ali.
Hoje o grande problema da escola pública é justamente apresentar
aos alunos o significado real e concreto do que ele está aprendendo
em sala de aula. Por lidar com temas, às vezes assuntos muito
recorrentes na vida dos alunos, eles terão uma maior proximidade do
que está sendo ensinado, criando um significado para aquilo e, mais
do que isso, por estarem produzindo junto ao professor, aqueles
saberes terão um maior valor, pois eles também contribuíram para
sua produção.
Com
base nesta afirmativa vejamos o que Rocha diz: “Quando o projeto
definido por professores e alunos parte de uma problemática que lhes
é familiar, a apreensão do sentido, do significado do enunciado se
dá mais facilmente.” (2011, p. 32) Ademais, quebra-se com isso o
paradigma de relação de “poder” entre professor e aluno. É
como se ambos estivessem num mesmo patamar produtivo. Até a relação
com a escola e os professores (por parte dos alunos) fica mais
harmônica e menos belicosa.
Pensando
nisso podemos afirmar que, ao trabalhar com projetos, o ensinante e o
ensinado estão criando – coletivamente – um clima de maior
autonomia para ambos. Isso é garantia de que a escola terá uma
finalidade muito concreta para o ensinado, e que este aprendizado não
acabará depois dos aproximadamente 13 anos que este ensinante
passará em ambiente escolar; diria mais, a aprendizagem será algo
que continuará na vida.
Ainda,
conforme Rocha: “A aquisição de maior autonomia intelectual,
proporcionada pelo saber, está diretamente vinculada ao
desenvolvimento de competências (…).” (2011, p. 34), e cabe ao
trabalho com projetos este desenvolvimento
de competências,
com base numa maior autonomia do ponto de vista de produção e
disseminação de conhecimentos (saberes).
Referência
Bibliográfica
ROCHA,
Sandra Boari Silva. Estratégias
Educacionais.
São João del-Rei, MG: UFSJ/MEC/SEED/UAB, 2011.
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