Minha
relação com a escrita começou numa idade muito
tenra. Lembro-me bem, minha mãe era merendeira de uma escola
rural localizada numa espécie de vila de trabalhadores de uma
Companhia de mineração, onde meu pai trabalhava. E
certa vez, ainda com meus 5 anos tive a feliz sorte de ir com minha
mãe ao seu trabalho. Aquela sensação me foi de
um prazer tremendo, pois seria a primeira vez que eu iria numa escola
que, para mim, era um universo de outro mundo. No meio do expediente
dela me foi dado um giz (pedacinho mágico de fantasia) por uma
das professoras. Fiquei tão extasiado com tal situação
que comecei a escrever sem parar no chão (letras, desenhos,
aquilo que uma criança de cinco anos apenas rabiscava, como
sendo uma escrita mágica, numa língua mágica, só
entendida por mim, pensava eu), sem me dar conta me vi rodeado de
pessoas, professoras principalmente... meu mundo mágico tinha
desabado!... mas não: recebi elogios que jamais imaginava e
isso foi de uma surpresa tremenda; enfim, com este primeiro contato
com tal universo vi meu futuro ali traçado; e cá estou:
professor!! Quanta Alegria.
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