A
concepção da linguagem como instrumento de formação
chegou hoje à sua concepção mais extrema. Quando
se reporta à palavra, o homem está dentro de sua
própria mutação, onde podemos mensurar, sempre a
possuindo. O curso dessa mutação não para tão
de repente. Isso se completa em outro local, onde há um
silêncio mais profundo.
Certamente, devemos admitir que a
linguagem, dentro de seu uso quotidiano, aparece como um meio de
compreensão, onde a mesma se encontra dentro das circunstâncias
mais comuns de nossa vida.
Somente existe dentro de outras relações mais
que as relações mais corriqueiras.
Goethe qualifica
estas outras relações de "mais profundas", e
diz, a propósito da linguagem: "Dentro da vida
quotidiana, nós nos arranjamos tão bem que mal
compreendemos a palavra que nos circunda, que não em outra situação, dentro de
significações superficiais. E a partir do momento em que
compreendemos estas relações mais profundas, uma outra
palavra faz sua apresentação: a palavra poética."
E a poesia corrobora com o humano que, nalgum momento, deixamos de ser. Ou voltemos a sê-lo, ou deixemos de existí-lo! Viva para ser de novo...
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