A
criatividade pode ser algo inerente ao ser humano, no entanto, ela
não é uma constância, já o trabalho, além de ser uma constância,
nem sempre vem acompanhado da criatividade, muito pelo contrário,
pode vir acompanhado de doença, uma vez que, a potencialidade humana
só se realiza em um ambiente em que corpo e mente estejam em
harmonia, logo, sinônimo de promoção humana.
Se
a sala de aula fosse um ambiente mais tranquilo, harmônico e sereno,
pode ser que esta criatividade se desenvolvesse com mais frequência,
por outro lado, em situações de conflito pode também haver
criatividade, desde que este conflito não descambe em patologias
(doenças); o grande problema é que o professor não está mais
envolvido apenas com a sala de aula, muitas vezes seu trabalho
ultrapassa este ambiente, chegando aos lares das famílias.
Aliás,
os lares das famílias têm chegado cada vez mais à sala de aula, e
é neste ponto que a criatividade acaba sendo deixada de lado, uma
vez que, nosso papel acaba por extrapolar as meras funções do
lecionar e, como tal, do ser criativo.
O
trabalho, numa situação como essa, perde parte de seu significado,
e é justamente a parte vinculada à criatividade que acabamos por
perder; e isso é possível ao nos dispormos a mais coisas que nosso
preparo e nossa profissão, em si, se fizeram.
O
vínculo do professor com o aluno tem sido cada vez mais intenso
(para não dizer íntimo), nosso papel de mestre se refez e se
transformou em resolvedor de problemas familiares; ou fazemos isso ou
não conseguimos trabalhar, logo, não conseguiremos exercer nossa
criatividade, por isso, repito, nem sempre a criatividade vem
acompanhada de um trabalho que, sobremaneira, deveria ser criativo.
O
ambiente escolar é totalmente propenso ao desenvolvimento de toda
criatividade, visto que ele favorece isso, embora, cada vez mais
temos perdido tal criatividade em detrimento das doenças adquiridas
com nossa “atual” profissão.