domingo, 20 de novembro de 2011

Sobre Nietzsche!




A perspectiva da moral nietzschiana
Vamos, agora, intentar uma leitura da problemática ética a partir dos pressupostos da filosofia do autor alemão Friedrich Nietzsche e a forma peculiar com que ele lida com a situação. Como veremos, a discussão se firmará muito contraposta às conclusões observadas no pensamento de Aristóteles, em que a moralidade e a ética estão dispostos sob o jugo da razão, e isso é importante para mostrarmos como um mesmo problema pode ter, em Filosofia, tantas e tão diversas interpretações, sendo todas elas complementares a si mesmas e, como tal, necessariamente, dependentes umas das outras, visto que a filosofia, tal qual seus preceitos, pode ser pensada como uma construção humana.

Nietzsche e o método genealógico na Filosofia; moral, valores, conhecimento, verdade, direito, leis são vistos pelo filósofo como invenções do caráter humano; importante crítico da filosofia ocidental e da moral ocidental, baseada na religião cristã.

Grandes obras do pensamento nietzschiano
Quase toda obra filosófica de Nietzsche volta-se para as discussões morais, em maior ou em menor teor. Assim, decidimos destacar algumas que devem auxiliar a compreensão desse complexo pensamento:

Para além do bem e do mal
Para a genealogia da moral
Crepúsculo dos ídolos
Sobre verdade e mentira no sentido extramoral
A origem da tragédia
Ecce homo

A valorização nietzschiana dos instintos
Um ponto a ser exaltado primeiramente nessa filosofia é seu caráter de busca da valorização dos instintos e impulsos inconscientes como forças vitais do ser humano. Para Nietzsche, o vigor humano está presente nessas características, postas em segundo plano pela demasiada crença na razão como elemento central do homem.

É por isso que muitos denominam esse pensamento como uma filosofia da vida, do homem completo.

É essa valorização a assinatura da filosofia nietzschiana e é por aí que podemos iniciar o entendimento de sua crítica à moral ocidental que parte da filosofia grega.

Sócrates inicia a ideia na filosofia grega de que a verdade e o bem devem residir num plano exterior ao do devir sensível, numa esfera puramente conceitual.
Platão, desenvolvendo por completo esse juízo, marca a existência de dois mundos para explicar a realidade:

O mundo sensível, ilusório, o mundo das experiências sensíveis e que é imperfeito e não verdadeiro.
O mundo inteligível, das formas perfeitas, verdadeiro, no qual residem as essências únicas das cópias do sensível.

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