terça-feira, 21 de outubro de 2008

De Como Filosofia, Politicagem e Futebol se Misturam...


Minha vida determina minhas verdades, minhas aparências surgem com meu contato com o mundo da vida, aliás, com o mundo da minha vida e com as relações que travo com outras vidas, neste mesmo mundo. Se o mundo das aparências seria o mundo da vida, então ouso afirmar que este, o das aparências, de fato, é o verdadeiro mundo, pois é meu mundo! E onde entra as aparências e ilusões de anseios quebrados?


Por meu mundo posso ainda afirmar que é todo o universo de coisas que envolve minha vida e minhas predileções, por isso, quando escrevo alguma coisa, estou falando tão-somente de mim, e de como eu entendo e vejo o mundo ao meu redor.


Se em minhas obras aparece muito de mundo, o mundo que pinto é o mesmo usado por minhas tintas e com várias senhas de minha vida.


O universo político brasileiro, quando coopta o universo esportivo acaba criando um mundo que é seu e que, ao mesmo tempo, oferece aos outros facetas de como este mundo é visto pela multidão. E por multidão e massa, o futebol é o esporte que melhor açambarca o mundo, tornando-o cada vez maior.


Em minha postagem anterior me referi justamente da forma como o universo político (para ser mais exato: politiqueiro) pode se utilizar desta necessidade humana para angariar alguns votos, visto que para alguns futebol significa muito mais que paixão. Diria até que seria como uma construção identitária: uma vida por se fazer na vida que o outro fez. Daí a preocupação em mostrar ao mundo o que realmente somos, ou como realmente nos vimos perante este mesmo mundo, uma vez que, ao incorporar certas ideologias identitárias, acabamos incorporando uma nova vida à nossa já velha vida.


Nesta semana em que o segundo turno das eleições municipais decidirá a vida de muitos brasileiros pelos próximos 4 anos (alguns já com 3 anos e meio na mesma maré), já podemos ver, referente à postagem anterior, alguns reflexos disso.


Em Rio Branco, capital do Acre, o resultado nas urnas confirmou o grupo do atual prefeito, que é do PT, no poder por mais quatro anos (com 80.022 votos, ou 50,82% dos votos válidos), o que significa que, por lá, parece que o time Rio Branco ainda terá algum patrocínio, no entanto, olhando na tabela da Série C, do octogonal final, suas condições não são das melhores: é o último... o que acontece heim?


Por outro lado, o Águia de Marabá, no Pará, continua no páreo, na terceira posição do octogonal, todavia, o grupo que o patrocinava não conseguiu se reeleger, ficando em terceiro lugar no pleito municipal, com 18.916 votos, o equivalente a 20,49% dos votos válidos. Já a oposição conseguiu 45.963 votos, 49,79% do total.


E, por último, dentro dos classificados, está o Duque de Caxias do Rio de Janeiro, na penúltima posição do octogonal final, e com três goleadas nas costas, uma situação não muito desanimadora, ainda mais quando descobrimos que o grupo do prefeito que patrocinava o time (também do PT) não conseguiu se reeleger, ficando com apenas 204.988 votos, num total de 44,59%, em segundo lugar. A oposição (capitaneada por DEM e PSDB) angariou 245.218 votos, num total de 53,34%. Vamos ver o que restará ao Duque, ainda na Série C do ano que vem, porém sem condições de garantir uma certeza com relação ao patrocínio local.


O Salgueiro de Pernambuco (teve o atual grupo, capitaneado pelo DEM, derrotado com 12.748 votos, 44,83% dos votos, e em segundo lugar, contra os 14.596 votos, 51,33%, da oposição, chefiada pelo PSB e PC do B, além, de uma denúncia de compra de votos), o Marcílio Dias de Santa Catarina (sediado na cidade de Itajái, e que teve o atual prefeito, do PT, sem conseguir se reeleger, ficando em segundo lugar com 44.973 votos, num total de 44,5%, perdendo para o PP, com PSDB e DEM na coligação, coligação essa que se sagrou vencedora do pleito com 53,31% do total de votos, com números absolutos de 53.871) e o Ituiutaba de Minas Gerais (da cidade com o mesmo nome, tendo em Fued José Dib, seu atual prefeito e responsável pelo patrocínio do clube, no entanto, não conseguindo se reeleger, ficando em segundo lugar com 26.139 votos, 46,94%, e com uma diferença apertada com relação ao primeiro, Públio Chaves, liderado pelo PMDB, obtendo um total de 28.349 votos, ou 50,91%) também ficaram pelo caminho, não conseguindo nem a classificação à fase final..., é esperar pelo ano que vem, para sabermos se ambos times, sem o patrocínio oficial de outrora (ou não), conseguirão a façanha de agora.